Obras dos homens fazem homens
Homens das lavras deram-me trigo preto
Que dá sede Que atica a fome
Homens de Morte deram-me pão violeta
Envenenado Os homens morrem do que comem
Homens das obras deram-me golpes de maceta
No peito. E espetaram-me um picarete
Na cabeça, e pregos tortos nas mãos
Cristo das obras puseram-me numa cruz preta
Obras de arte Os artistas são artesãos
Mas eu sou um artista sem obra nem arte
Que começa os livros do fim
E ri das palavras que parte
E inverte o não e e o sim
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