Ha certas casas sem janelas
Nem portas. Sem um barulho.Há nas paredes amarelas
A humildade do orgulho.
Há na dor da necessidade
A necessária solidão.
Não ser ninguém é a liberdade.
A liberdade é a multidão.
Vês um bando de aves sem asas
Que entram e saiem dos ninhos
Vês os copos dos homens rasos
De lágrimas e de vinho
O amor é uma ave de rapina,
Que apanha as pessoas nas ruas
Apanhas-as sempre duas por duas.
Vive numa gaiola pequenina.
Há um Rei que nunca dorme
No país do teu cansaço
Vives no seu olho enorme.
Não se fecha e a vida passa
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