Dia e noite. É um cão sem dono
Que não tem coleira nem trela
Ouço ladrar o cão que vela.
Ouço ladrar o cão do sono
Em cada noite em que te perco
Ouço o cão mau do abandono
E está cada dia mais perto.
Ouço ladrar o cão do sono
Que é como a sombra dum cão morto
Que rói os ossos do meu corpo
E muda a vida num mau sonho.
Ouço ladrar o cão do sono
Ladra ao meu lado a cada passo
Ouço o cão negro do cansaço
E muda a vida num mau sonho.
Ouço ladrar o cão do sono
Ladra ao meu lado a cada passo
Ouço o cão negro do cansaço
Que ladra porque a vida passa.
Cão de favor, frente à mão-quadra,
Frente à mão dura, cão de pugilo:
O cão da minha infância ladra,
Busca um dono e um canil.
O meu cão guarda-me dos roubos.
E cão de caça, é um rafeiro.
Cão de favor, frente à mão-quadra,
Frente à mão dura, cão de pugilo:
O cão da minha infância ladra,
Busca um dono e um canil.
O meu cão guarda-me dos roubos.
E cão de caça, é um rafeiro.
O meu cão nao é cão, é lobo.
Vive sem mestre nem coleira.
Vive sem mestre nem coleira.
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