As porteiras são cães de guarda
Mas às vezes mordem o dono
Mas às vezes mordem o dono
Não há meio que a cidade arda
De vez no teu mau sonho
Os fardos da vida nos corpos fartos
Dos pobres
Que entram e saiem dos seus quartos
Pesam como as blocos das obras.
E tu não dormes há mais dum mês.
Abres os olhos e não te vês.
Talvez nunca os feches talvez.
Ou talvez os feches de vez.
Quando as noites são curtas
Os dias são longos
Os coracoes batem como gongos
De monges surdos.
Com as tuas mãos muito delicadas
Abres a tua porta branca
Atrás há uma mulher que te arranca
O coração sem dizer nada.
De vez no teu mau sonho
Os fardos da vida nos corpos fartos
Dos pobres
Que entram e saiem dos seus quartos
Pesam como as blocos das obras.
E tu não dormes há mais dum mês.
Abres os olhos e não te vês.
Talvez nunca os feches talvez.
Ou talvez os feches de vez.
Quando as noites são curtas
Os dias são longos
Os coracoes batem como gongos
De monges surdos.
Com as tuas mãos muito delicadas
Abres a tua porta branca
Atrás há uma mulher que te arranca
O coração sem dizer nada.
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