Este dédalo cheio de gente
Cresceu além do seu recinto.
Entrou em ti, estende-se na tua mente.
Esta cidade, Teseu perdido,
É um labirinto sem saída.
O labirinto da tua vida.
Neste dedalo de terror
O fio de Ariadne é a tua dor
O Minotauro é o teu amor
No dédalo da tua mente,
Nas avenidas cheia de gente,
Dia após dia, homem de nada,
Puxas o fio da tua história emaranhada.
*
Todas as noites vou a Montmartre
Um bairro velho nas colinas
Com ruas tortuosas, praças pequeninas
Subo, desco, é um mundo à parte,
Vejo o Sacré-Coeur de Montmartre,
E o claustro dos Beneditinos,
No ponto mais alto das colinas
Vejo a cidade, é uma obra de arte
Milhares de luzes diamantinas
Brilham na noite, em toda a parte.
São cacos de ouro dos destinos
Das crianças que a vida parte.
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